O estudo mais recente da Henley Business School, Leadership Futures – Building a People-First Culture, Advancing into Industry 5.0, assenta no facto de a liderança tradicional, baseada em hierarquias rígidas e métricas maioritariamente financeiras, estar ultrapassada. Num futuro próximo, as organizações vão precisar de líderes que promovam um ambiente inclusivo, adaptável e sustentável, onde o bem-estar dos colaboradores é um fator-chave para o desempenho organizacional. Só assim serão bem sucedidas.
O relatório assenta em três pilares, um novo paradigma da liderança: autenticidade, empatia e adaptabilidade. Destaca ainda que, as empresas que não adotarem uma abordagem "People-First" correm sérios riscos de perder talento, competitividade e relevância no mercado.
1. A ascensão da liderança “people-first”
- As organizações de sucesso valorizam o capital humano em vez de se focarem apenas em eficiência operacional.
- A experiência e o bem-estar dos colaboradores influenciam diretamente a produtividade e a inovação. Acrescento o bem estar organizacional.
- O propósito organizacional deve ser claro e estar alinhado com os valores dos colaboradores.
2. Competências essenciais para os líderes
- Empatia e inteligência emocional: capacidade de compreender e apoiar as necessidades dos colaboradores.
- Autenticidade e transparência: construir relações de confiança com equipas e stakeholders.
- Agilidade e resiliência: saber “viajar” nas crises e nas mudanças rápidas e tão necessárias com flexibilidade.
- Mentalidade colaborativa: promover ambientes de trabalho inclusivos e diversificados.
3. O impacto das mudanças tecnológicas e sociais
- A digitalização e o trabalho híbrido exigem novas abordagens de liderança.
- A diversidade e inclusão devem ser priorizadas para garantir um ambiente de trabalho equitativo e inovador.
- As expectativas das novas gerações (como a Gen Z) valorizam o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, impacto social e propósito da sua empresa, do seu trabalho.
4. Sustentabilidade e responsabilidade social
- O compromisso com a sustentabilidade e ESG (Environmental, Social, Governance) é essencial, não só para a reputação mas, acima de tudo, para a atração de talentos.
- As organizações devem alinhar a operação com práticas sustentáveis para garantir crescimento a longo prazo.
5. Desafios para os líderes contemporâneos
- Resistência à mudança dentro das organizações tradicionais.
- Necessidade de equilibrar a performance financeira com o bem-estar organizacional.
- Criação de culturas organizacionais que incentivem inovação e colaboração, reduzindo a burocracia.
A liderança do futuro não pode ser apenas orientada para resultados financeiros; deve ser humana, autêntica e adaptável. Empresas que adotam uma abordagem "People-First" têm uma muito maior probabilidade de reter talentos, promover a inovação e manter uma vantagem competitiva sustentável.
A mensagem central deste relatório é clara: o sucesso organizacional não depende apenas do que se faz, mas de como se lidera.