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Euro, Sonho, Derrotas e Sucesso

“Sem derrotas não se aprende nada!” (Cristiano Ronaldo)

Hoje acordei a pensar numa entrevista feita ao capitão da nossa seleção de futebol, que ouvi casualmente, onde foi questionado sobre uma ou mais derrotas da equipa. Decidi que estas citações teriam que sair das notas do meu telefone e passar para uma partilha com quem quiser ler.

Estamos em pleno Europeu de futebol. Quem me conhece sabe que de futebol não só não percebo nada como muito raramente escrevo. Se a memória não me atraiçoa, devo tê-lo feito 2 vezes: quando a nossa seleção tinha o Sr. Felipe Scolari como treinador, pela forma como, na época, mobilizou todo um país a apoiar a seleção, criando um sentimento de patriotismo que não me recordava de ter vivido; e outra quando uma boa parte do “mundo” se virou contra Cristiano Ronaldo, e senti vontade de fazer um paralelo com as empresas e sair em sua defesa.

Aproxima-se uma daquelas épocas a que sabemos que o país não fica indiferente. Os amigos juntam-se às minis e tremoços ou outra qualquer iguaria, e sentimos o espírito de corpo num propósito que é de todos, até daqueles que, como eu, não sabem ver o jogo e que, por isso, se entretêm a “ouvir o processo”. Gosto de analisar as expressões dos jogadores e treinador, antes e depois dos jogos. Gosto de ver os sinais que fazem entre eles, gosto de ver quais se arreliam e reclamam sempre e quais raramente o fazem. Gosto de me arrepiar com o hino e gosto, particularmente, de ouvir as entrevistas rápidas e as conferências de imprensa. Não porque perceba o que dizem, mas sim para perceber como dizem, qual o impacto e a maior ou menor maturidade sentida nas declarações, quais as mensagens que pressinto implícitas para colegas ou adversários, entre outros. Note-se que não sou especialista em linguagem não verbal; sou apenas uma apaixonada por equipas e as suas dinâmicas, onde tudo, mas mesmo tudo, tem influência na sua performance.

Como referi na entrevista de Cristiano Ronaldo a que assisti, na qualidade de capitão da equipa, alguém, jornalista, o terá questionado sobre uma ou mais derrotas, e eis que na sua resposta diz várias coisas que me fizeram parar e refletir!

“Sem derrotas não se aprende nada. O sucesso só se faz com críticas!” foram as primeiras duas que tratei de escrever de imediato.

Tornou-se inevitável ouvir algo tão óbvio e não fazer o paralelo com o mundo empresarial e com o tão já falado feedback. Mais do que associar as suas declarações à necessidade das equipas e respetivas lideranças darem e receberem feedback, surge a necessidade de ouvir os Clientes, aprender e melhorar com o que nos dizem. Muito trabalho há a fazer a este nível, desde logo na forma como essas “críticas” são verbalizadas ou escritas, mas, acima de tudo, na transformação de algo que muitas vezes é visto como uma obrigação em algo essencial ao crescimento.

Porém, se o termo feedback está já no léxico do dia a dia de uma empresa, o mesmo não se pode dizer do termo feed-forward.

Entenda-se feed-forward como algo que, em vez de falar e analisar o passado (feedback), vai focar-se no desenvolvimento futuro e em sugestões para melhorar o desempenho.

Nessa mesma entrevista, eis que oiço uma outra declaração a que associei de imediato a lógica de feed-forward.

Perante a pergunta inevitável: “Considera a seleção uma forte candidata ao título?” A resposta não poderia ter sido mais esclarecedora:

“Sonhar é grátis. Talento sem trabalho não é nada” (Cristiano Ronaldo)

Tendo em conta que não sou uma amante de futebol, às vezes sou até demasiado crítica quanto a alguns tipos de excesso, deparo-me com declarações que me fazem todo o sentido e que sinto de uma franca inteligência racional e emocional.

Sou, assumidamente, patriota e vivo os jogos da nossa seleção. Se vamos ganhar o Euro? Não sei! Se gostava que acontecesse? Com certeza que sim. Da mesma forma que gosto quando todo e qualquer português conquista o que quer que seja em ambiente desportivo, empresarial ou outro.

Deixo por isso esta reflexão e um forte desejo de sucesso à nossa seleção. Pela minha parte, não só sonho como acredito na possibilidade; afinal, ambos são grátis!

Se pudermos juntar um pouco de sorte, tanto melhor. Mas bom mesmo é “quando a sorte nos apanha a trabalhar”, e como um dia disse Tiger Woods: “Considero que tenho sorte e noto que quanto mais trabalho mais sorte tenho!”

Força Portugal!