Todos sabemos e comentamos que depois de uma pandemia a última coisa que se esperava era uma guerra. A verdade é que ela existe e está aí com consequências, bem fortes e desastrosas, para todos nós e, em particular, para aqueles que a vivem na frente de batalha.
Recentemente estive a falar para uma empresa que está já a sentir, fortemente, os efeitos desta guerra e que prevê vir a sentir mais ainda. Para além disso, todos nós estamos a sofrer com o que vemos que se passa, do ponto de vista humanitário, na Ucrânia e nas suas pessoas.
Se por um lado a ação humanitária a que se tem assistido na Europa e em Portugal é, absolutamente, louvável, por outro é importante pensar em como podem gerir mais uma crise que se adivinha nas empresas e em algumas indústrias em particular.
Há uma expressão de que gosto em particular e que está ligada ao princípio da transparência que diz "mais vale saber que temer". Esta expressão leva-me a falar sobre a importância de comunicar com transparência com as equipas.
A empresa onde estive a falar recentemente, uma indústria, já está a sofrer consequências da guerra, seja pelo aumento do custo da energia, seja pela dificuldade de conseguir transportes a preços comportáveis, no entanto, hoje o Dir. Geral dessa empresa reuniu toda a fábrica e explicou sem reservas toda a situação e a evolução das coisas. Disse-lhes, na verdade, aquilo que sabia e disponibilizou-se para responder a qualquer tipo de pergunta. As perguntas surgiram e foram bem vindas e esclarecedoras da plateia já que as respostas foram claras, concretas e concisas.
E é assim que se serve bem em tempos de guerra, com a verdade.
Como podemos pedir às pessoas que tenham consciência Cliente e que tenham uma boa cultura interna na incerteza?
Como sempre digo: O que todos sabem, ninguém inventa! E foi a isso que assisti estes dias. A uma empresa que, sabendo que se avizinham tempos difíceis mais uma vez, explicou, "Tim Tim por Tim Tim" o que se está a passar e o que se prevê que se vai passar até onde o conhecimento o permite.
Em suma, o artigo de hoje pretende focar-se numa coisa só: servir em tempos de guerra pressupõe dois ingredientes fundamentais que são a comunicação e a transparência.
Caso para dizer que, se não fosse em tempos de guerra, seria igual. A diferença está no ânimo e determinação das equipas. Se os tempos são difíceis mais importantes ainda são estes dois ingredientes na liderança e cultura organizacional.
Se por alguma razão este artigo lhe parece adaptado apenas a algumas indústrias pense que seja de que forma for, a guerra está instalada e vai sentir-se no dia a dia de todos nós, ou seja, de cada pessoa da sua equipa.
Ficam aqui os ingredientes que acredito que podem fazer a diferença na cultura de qualquer empresa: comunicação e transparência.
Para além disso deixo apenas o íntimo desejo de que esta guerra termine tão rápido quanto a humanidade o permitir e um louvor ao Presidente da Ucrânia que está a a ser, para o mundo, um tremendo exemplo de liderança ao manter-se junto da sua "equipa" ou povo dando o exemplo. E o exemplo, esse sim é o o ingrediente supremo!
Votos de bom serviço!